O frigorífico Minerva (BEEF3) anunciou um aumento de capital de até R$ 3 bilhões, com ações precificadas a R$ 5,17, representando um desconto de 20% em relação ao último fechamento. A medida visa reduzir a alavancagem da empresa, que atualmente está em 3,7 vezes o EBITDA, e fortalecer seu balanço patrimonial. Analistas do Itaú BBA e do BTG avaliam a movimentação como positiva, destacando a potencial melhora no fluxo de caixa e a redução de riscos, enquanto a XP Investimentos vê com otimismo o comprometimento dos controladores, que garantiram R$ 1 bilhão da emissão.
Por outro lado, a Genial Investimentos reduziu sua recomendação para “venda”, argumentando que a diluição para acionistas que não participarem da oferta pode chegar a 65%, além da pressão negativa imediata sobre o preço das ações. O BTG, embora mantenha uma postura neutra, projeta que o lucro líquido da Minerva pode subir significativamente com a injeção total de capital, elevando o lucro por ação em até 13% até 2026.
O mercado reagiu com cautela: as ações caíram quase 3% no dia do anúncio, refletindo a divisão de opiniões entre os analistas. Enquanto alguns enxergam a medida como essencial para aliviar a dívida e melhorar a saúde financeira da empresa, outros temem os efeitos da diluição e o alto custo financeiro no curto prazo. A aprovação da operação será crucial para definir os próximos passos da Minerva no cenário nacional e internacional.