Em abril de 1988, um Boeing 737 da Aloha Airlines sofreu uma descompressão explosiva durante um voo entre ilhas havaianas, arrancando 35 metros quadrados da fuselagem e ejetando uma comissária de bordo. Apesar do dano estrutural sem precedentes, os pilotos conseguiram pousar a aeronave no aeroporto de Kahului, salvando 94 dos 95 ocupantes. O incidente, investigado pela NTSB, revelou falhas na manutenção e no design do avião, além de expor a necessidade de revisões mais rigorosas na aviação comercial.
O acidente ocorreu devido à fadiga do material e à corrosão não detectada, agravada pelo alto número de ciclos de pressurização e despressurização em voos curtos. A Boeing já havia emitido alertas sobre riscos em modelos antigos, mas a Aloha Airlines não seguia os protocolos de inspeção adequados. O pouso bem-sucedido foi atribuído à habilidade dos pilotos, que desviaram de procedimentos padrão para manter o controle da aeronave, e a uma série de coincidências favoráveis, como a ausência de ventos fortes durante a aproximação.
O caso do voo Aloha 243 transformou a indústria da aviação, levando a mudanças nos padrões de manutenção e no design das aeronaves. O relatório da NTSB destacou a importância de inspeções frequentes e da cultura de segurança nas companhias aéreas. O episódio, conhecido como “O pouso milagroso”, virou um símbolo de resiliência e foi adaptado para o cinema, reforçando seu legado como uma das histórias mais marcantes da aviação moderna.