Apesar da decisão de congelar tarifas recíprocas entre Estados Unidos e China por 90 dias, os mercados financeiros continuam enfrentando alta volatilidade. Inicialmente, a medida foi recebida com euforia, impulsionando índices como o Nasdaq a uma alta de 12%, mas o otimismo rapidamente se dissipou. No dia seguinte, as perdas se acumularam, com quedas significativas em bolsas como a B3 e no preço do petróleo, refletindo a incerteza persistente sobre o cenário econômico global.
Analistas destacam que a trégua não resolve os problemas estruturais da guerra comercial, que segue pressionando a economia mundial. Líderes financeiros, como o CEO do JP Morgan, alertam para riscos de recessão, enquanto economistas apontam que a inflação pode ser agravada pelo repasse de tarifas aos consumidores. A China, por sua vez, mantém uma postura firme, aumentando as tensões e deixando claro que o conflito está longe de um desfecho.
A instabilidade política e as mudanças frequentes nas políticas tarifárias dificultam investimentos de longo prazo, criando um ambiente desfavorável para a esfera produtiva. Enquanto o mercado financeiro reage de forma imediatista a cada anúncio, as empresas buscam segurança, evitando decisões arriscadas em um cenário tão imprevisível. A pausa de 90 dias, portanto, é vista como insuficiente para restaurar a confiança, deixando a economia global em um limbo de incertezas.