O presidente dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (9) a redução de tarifas para países que não retaliaram suas políticas comerciais, enquanto elevou para 125% as taxas sobre importações da China. A medida, descrita como uma “pausa” no conflito tarifário, inclui uma redução temporária de 90 dias para 10% nas taxas recíprocas aplicadas a mais de 75 nações. O anúncio foi recebido com otimismo pelos mercados financeiros, que registraram altas significativas nas bolsas asiáticas e europeias, após dias de tensão devido à perspectiva de desaceleração econômica global.
As bolsas asiáticas tiveram desempenho expressivo, com destaque para o Nikkei 225 do Japão, que subiu 8,99%, e o Hang Seng de Hong Kong, com alta de 3,09%. Na Europa, os índices também reagiram positivamente, como o DAX alemão, que avançou 8,06%. Nos Estados Unidos, os principais índices registraram suas maiores altas diárias em anos, com o Nasdaq subindo 12%, o melhor desempenho desde 2001. No Brasil, o dólar recuou 2,54%, enquanto o Ibovespa fechou em alta de 3,12%.
A decisão sobre as tarifas chinesas foi justificada como resposta à retaliação do país, que havia elevado suas taxas sobre produtos norte-americanos para 84%. O conflito comercial entre as duas economias vem se intensificando desde o início de abril, quando foram impostas tarifas recíprocas. Apesar do tom conciliatório em relação a outros países, a escalada contra a China sinaliza que a disputa comercial ainda não está resolvida, mantendo incertezas sobre o impacto a longo prazo na economia global.