O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira praticamente estável (-0,04%), aos 131.140,65 pontos, resistindo aos impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como “Dia da Libertação”. Apesar da queda acentuada nos mercados globais, como Nasdaq (-5,97%) e Dow Jones (-3,98%), o índice brasileiro mostrou resiliência, impulsionado por setores como bancos e varejo. Empresas como Magazine Luiza (+5,45%) e Auren (+7,58%) se destacaram, enquanto commodities como petróleo e minério de ferro enfrentaram pressão, arrastando ações da Vale e Petrobras para baixo.
O protecionismo americano gerou volatilidade global, com preocupações sobre riscos de estagflação e desaceleração econômica. Analistas destacam que o Brasil foi relativamente menos afetado, com tarifas de apenas 10%, mas o cenário ainda é incerto. A moeda brasileira se apreciou frente ao dólar, com o real fechando a R$ 5,6281, uma alta de 1,20%, refletindo uma desconexão temporária do clima negativo externo.
Especialistas apontam que o país pode se beneficiar como alternativa para players globais afetados pelas medidas americanas, especialmente nas relações com a Ásia. No entanto, o ambiente protecionista ainda preocupa, com possíveis impactos negativos nos preços de commodities e na inflação global. Enquanto o mercado aguarda possíveis cortes de juros nos EUA em 2025, o Brasil enfrenta um cenário de cautela, equilibrando oportunidades e riscos em um contexto econômico turbulento.