Os mercados globais e domésticos continuam a sentir os efeitos das tarifas comerciais anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, batizadas de “Dia da Libertação”. A medida, que varia entre 10% e 49% dependendo do país, gerou volatilidade nos ativos e incertezas no comércio internacional. No Brasil, setores como o agroexportador podem se beneficiar com a demanda chinesa, enquanto empresas americanas buscam alternativas para manter a competitividade. Além disso, a secretária do Departamento de Agricultura dos EUA planeja visitar o país para renegociar termos comerciais, visando reduzir o déficit bilateral.
Na agenda econômica, os destaques incluem a divulgação de indicadores como o PMI de serviços e dados de emprego no Brasil, enquanto nos EUA são aguardados números sobre auxílio-desemprego e balança comercial. No cenário político, o governo busca melhorar sua aprovação, que caiu para 56%, com medidas como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil. Paralelamente, o Congresso discute projetos como o PL da Reciprocidade, que permitiria retaliações a barreiras protecionistas estrangeiras.
A inflação segue como uma das principais preocupações dos brasileiros, com 89% da população percebendo alta nos preços, especialmente em alimentos e produtos domésticos. Enquanto isso, o fluxo cambial registrou saldo negativo em março, pressionado por saídas financeiras. No plano internacional, o México descartou retaliar as tarifas americanas, optando por reforçar acordos comerciais. O cenário econômico e político permanece em constante evolução, com reflexos diretos nos mercados e na vida da população.