As bolsas globais enfrentaram mais um dia de forte queda nesta segunda-feira (7), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmar sua postura intransigente em relação às tarifas comerciais. Em declarações a bordo do Air Force One, Trump minimizou os impactos econômicos das medidas, comparando-as a um “remédio necessário” para corrigir desequilíbrios comerciais. Investidores, que esperavam sinais de moderação após um fim de semana de frustração, viram o temor de uma escalada tarifária global se materializar, com novos pacotes previstos para esta semana.
A tensão elevou o chamado “índice do medo” de Wall Street para níveis raramente vistos na última década, enquanto mercados asiáticos registraram quedas expressivas, como Hong Kong (-13,22%) e Xangai (-7,34%). Nos EUA, os índices futuros apontavam perdas superiores a 3% no pré-mercado, com o S&P 500 acumulando uma queda de 10,5% desde o anúncio das tarifas. Ativos de segurança ganharam força diante do risco de recessão, enquanto commodities como petróleo e minério de ferro também recuaram.
Apesar da pressão dos mercados, a equipe econômica norte-americana manteve o discurso de continuidade das medidas. O secretário de Comércio afirmou que as tarifas permanecerão “independentemente do que os mercados fizerem”, enquanto o secretário do Tesouro descartou cenários de recessão. Enquanto isso, Trump insistiu na necessidade de resolver déficits comerciais, especialmente com a China, antes de qualquer acordo, reforçando que líderes europeus e asiáticos estariam “loucos” para negociar.