As bolsas de Nova York registraram forte alta nesta quarta-feira (9) após o anúncio de que as taxas recíprocas impostas a outros países seriam reduzidas para 10% por um período de 90 dias. A medida, que veio após pressão de setores do governo e magnatas, reverteu parte das perdas acumuladas desde a implementação do chamado “tarifaço” no início do mês. Os principais índices dos EUA, como Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, subiram entre 7% e 12%, enquanto bilionários tiveram ganhos expressivos em seus patrimônios líquidos.
A decisão também impactou positivamente os mercados internacionais, incluindo o Brasil, onde o dólar caiu 2,54%, fechando a R$ 5,84, e o Ibovespa subiu 3,12%. No entanto, o governo norte-americano manteve uma postura dura em relação à China, elevando as tarifas de importação de produtos chineses para 125%. A medida acirrou a disputa comercial entre as duas potências, que já havia causado retaliações e volatilidade nos mercados globais na semana anterior.
O recuo parcial nas tarifas foi justificado pela pressão de mais de 75 países, que buscaram negociar soluções para o “tarifaço”. Apesar do alívio momentâneo, a incerteza sobre os rumos da política comercial dos EUA permanece, com analistas destacando que os próximos passos do governo serão cruciais para a estabilidade econômica global. Enquanto isso, investidores celebram a recuperação após um período de perdas históricas, especialmente no setor de tecnologia.