Os mercados financeiros globais apresentaram forte recuperação nesta quinta-feira (09), após dias de perdas significativas comparáveis à crise de 2008. O Nasdaq subiu 8%, e o Ibovespa avançou quase 3%, impulsionados pelo anúncio de uma pausa de 90 dias nas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. No entanto, a China foi excluída do acordo e terá sobretaxas aumentadas para 125%, intensificando as tensões entre as duas economias.
A decisão ocorre após uma série de medidas retaliatórias entre os países, com os EUA e a China elevando sucessivamente as tarifas sobre produtos um do outro. Enquanto mais de 75 países negociaram reduções nas taxas, o governo chinês manteve sua postura defensiva, levando a uma escalada imediata das cobranças. Economistas alertam que o conflito comercial pode levar os EUA a uma recessão, com impactos já visíveis nas bolsas e no preço do petróleo.
O dólar, que havia ultrapassado R$ 6, recuou para R$ 5,88, refletindo a volatilidade do cenário. Em publicação nas redes sociais, o governo americano justificou o aumento das tarifas à China como resposta a práticas comerciais desleais, enquanto Pequim defende suas medidas como necessárias para proteger seus interesses. O impasse mantém os mercados em alerta, com incertezas sobre os próximos capítulos dessa disputa.