Os mercados financeiros globais enfrentam uma forte volatilidade, com os futuros das ações dos EUA despencando após duas sessões de liquidações que eliminaram mais de US$ 5,4 trilhões em valor de mercado. O S&P 500 está à beira de um mercado de baixa, com quedas superiores a 4% nos índices Dow, S&P 500 e Nasdaq. O petróleo também registrou queda livre, atingindo o menor valor desde abril de 2021, enquanto o Bitcoin recuou para abaixo dos US$ 80 mil. Os investidores temem que as tarifas comerciais impostas recentemente possam levar a economia global a uma recessão, reduzindo a demanda por commodities e afetando setores como transporte e viagens.
As medidas tarifárias, incluindo um imposto universal sobre importações e retaliações da China, geraram incerteza e reações negativas de parceiros comerciais, empresas e consumidores. Analistas alertam que as tarifas podem aumentar os preços para os americanos em até US$ 2,1 mil por família anualmente, além de elevar a inflação e reduzir a renda líquida da população. Instituições como JPMorgan e Goldman Sachs elevaram suas estimativas de risco de recessão, com alguns projetando uma desaceleração econômica já em 2025 caso as políticas sejam mantidas.
Apesar do cenário desafiador, a queda abrupta das ações pode abrir oportunidades para investidores, com valuations chegando a patamares historicamente baixos. Especialistas sugerem que o mercado está próximo do fundo do poço, indicando possíveis recuperações futuras se o pânico for superado. Enquanto isso, a atenção se volta para as próximas medidas governamentais e possíveis negociações para reduzir tensões comerciais, embora o clima de incerteza ainda domine os mercados.