As bolsas de valores ao redor do mundo registraram quedas expressivas nesta segunda-feira (7), ampliando o cenário de aversão ao risco iniciado após o anúncio de novas tarifas de importação pelos Estados Unidos e a retaliação imediata da China. Os temores de uma guerra comercial global levaram a perdas generalizadas nos mercados da Ásia, Europa e Américas, com destaque para Hong Kong, que teve sua maior queda desde a crise asiática de 1997. Os futuros de Wall Street também indicavam mais um dia negativo, com o índice S&P 500 recuando 3,5% e o Nasdaq, 4,4%, enquanto o VIX, indicador de volatilidade, atingiu seu maior nível desde agosto passado.
O dólar disparou em meio à busca por proteção dos investidores, chegando a R$ 5,90, enquanto o petróleo registrou quedas significativas, com o Brent caindo para US$ 63,48 o barril, o menor valor desde abril de 2021. A decisão da Opep+ de aumentar a produção e os temores de desaceleração econômica global contribuíram para a pressão nos preços. Enquanto isso, autoridades mantiveram posições firmes, com declarações que reforçam a disputa comercial, sem indicativos de recuo imediato.
Analistas alertam para os riscos de recessão, com o JPMorgan revisando sua previsão de crescimento dos EUA para uma contração de 0,3% em 2024. A União Europeia deve anunciar medidas retaliatórias ainda nesta semana, aumentando a incerteza no cenário global. O presidente do Federal Reserve, Jay Powell, destacou os desafios de inflação mais alta e crescimento lento, reforçando o clima de cautela nos mercados financeiros.