Uma onda de tensão varreu os mercados financeiros globais após os Estados Unidos anunciarem tarifas de até 34% sobre produtos chineses, seguido de retaliações por parte da China. O clima de aversão ao risco derrubou índices como Nasdaq, S&P500 e Ibovespa, que registraram quedas expressivas, enquanto o dólar disparou e commodities como petróleo e minério de ferro recuaram. No Brasil, o Ibovespa teve seu pior desempenho desde dezembro de 2022, com perdas superiores a 3%, e o dólar se aproximou de R$ 6,00, deixando investidores em alerta.
Analistas recomendam atenção redobrada aos movimentos técnicos dos principais índices e ativos nesta semana. O Nasdaq, em tendência de baixa, pode testar suportes críticos, assim como o S&P500, enquanto o Ibovespa ainda mantém uma leve tendência de alta no curto prazo, mas com riscos de reversão. O dólar deve permanecer volátil, e commodities como ouro e petróleo podem oscilar conforme as tensões comerciais e possíveis intervenções da OPEP.
O ouro, considerado um ativo defensivo, atingiu um recorde histórico antes de recuar, refletindo a busca por segurança em meio à instabilidade. Já o petróleo e as ações da Petrobras enfrentam pressão, mas podem se recuperar caso haja intervenções para estabilizar os preços. O cenário global exige cautela dos investidores, que devem monitorar de perto os desdobramentos das medidas protecionistas e seus impactos nos mercados.