Os mercados asiáticos abriram a semana com quedas acentuadas, refletindo o impacto da retaliação da China às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O índice CSI300, que reúne as principais ações chinesas, caiu mais de 5%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong registrou uma queda de 10%, a maior desde a crise financeira de 2008. O iene japonês e os títulos públicos se fortaleceram, indicando uma busca por ativos seguros em meio à turbulência. Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500, Dow Jones e Nasdaq também sinalizaram fraqueza, com quedas superiores a 3%.
A crise foi desencadeada pela reação chinesa ao aumento de tarifas anunciado na semana anterior, elevando os temores de uma guerra comercial global. Empresas americanas com forte presença na China, como DuPont e GE Healthcare, registraram quedas expressivas em suas ações. Além disso, o petróleo bruto e o Brent também recuaram, com perdas superiores a 4%. O ministério do Comércio da China anunciou tarifas de 34% sobre produtos americanos, agravando a tensão entre as duas maiores economias do mundo.
Enquanto os mercados reagiam negativamente, autoridades demonstraram posturas divergentes. De um lado, o governo chinês adotou medidas firmes em resposta às tarifas americanas. De outro, o líder dos Estados Unidos manteve-se otimista, afirmando que as tarifas estão trazendo bilhões de dólares ao país e descrevendo-as como “uma coisa linda”. A incerteza sobre os próximos passos dessa disputa comercial continua a pressionar os investidores, com receios de que o conflito possa levar a uma recessão global.