As bolsas europeias atingiram suas mínimas em 16 meses nesta segunda-feira (7), com o índice pan-europeu STOXX 600 registrando queda de 5,8%, a maior desde a pandemia de COVID-19. O temor de uma recessão global aumentou após o anúncio de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, que afetaram setores sensíveis, como o bancário e o de defesa. Na Alemanha, o índice de referência caiu 6,6%, com grandes instituições financeiras e fabricantes de armas sofrendo perdas significativas.
Os mercados asiáticos também entraram em colapso, com o índice CSI300 da China recuando mais de 5% e o Nikkei 225 de Tóquio despencando quase 8%. O yuan chinês atingiu seu menor valor desde janeiro, enquanto investidores se refugiaram em títulos públicos. O cenário foi agravado pela falta de sinais de recuo nas políticas tarifárias, apesar das retaliações de outros países e da pressão sobre os bancos centrais para reduzir juros.
Enquanto os mercados entravam em turbulência, o presidente dos Estados Unidos manteve sua postura, defendendo as tarifas como uma medida necessária para corrigir déficits comerciais. Em declarações nas redes sociais, ele afirmou que as políticas já estavam gerando bilhões em receita e descreveu o momento como uma oportunidade para enriquecer. A incerteza, no entanto, continua a dominar o cenário econômico global, com investidores temendo novos desdobramentos.