Os mercados financeiros globais enfrentaram forte volatilidade após o anúncio de tarifas sobre importações por parte do governo dos Estados Unidos, em 2 de abril. Investidores reagiram com temor a uma possível recessão, migrando para ativos considerados mais seguros, como ouro e títulos públicos americanos, enquanto ações, criptomoedas e petróleo registraram quedas significativas. A redução parcial das tarifas, anunciada posteriormente, trouxe algum alívio, mas não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas, especialmente diante da escalada da guerra comercial com a China.
As bolsas de valores ao redor do mundo tiveram desempenho negativo, com destaque para quedas acentuadas nos índices norte-americanos, europeus e asiáticos. No Brasil, o Ibovespa recuou 2,67%, refletindo a cautela dos investidores. O dólar valorizou-se frente a moedas emergentes, como o real, mas perdeu força em relação a outras moedas de economias desenvolvidas, indicando uma busca por proteção além do mercado americano.
O ouro se destacou como um dos poucos ativos em alta, reforçando seu status de refúgio em tempos de incerteza. Já o petróleo e o bitcoin sofreram quedas expressivas, pressionados pela perspectiva de menor demanda global e pelo afastamento de investimentos de risco. Os títulos públicos dos EUA, embora tradicionalmente seguros, tiveram seus juros elevados, refletindo preocupações com o cenário econômico. O mercado segue atento aos desdobramentos das medidas tarifárias e seus impactos na economia mundial.