O mercado varejista brasileiro apresentou uma retração de 1,6% em março em comparação a fevereiro, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação anual, a queda foi de 1,8%, refletindo o impacto da inflação e do endividamento das famílias no consumo. O comércio digital foi o principal responsável pela desaceleração, com queda mensal de 12,9%, enquanto o varejo físico recuou apenas 0,1%.
Setores como Material de Construção (-5,5%), Tecidos e Vestuário (-3,4%) e Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%) tiveram os piores desempenhos mensais. A única exceção foi o segmento de Supermercados e Alimentos, que cresceu 2,2%. Anualmente, apenas Material de Construção (3,2%) e Combustíveis (2,3%) registraram alta, enquanto Livros e Papelaria (-13,6%) e Móveis (-8,8%) lideraram as quedas.
Regionalmente, sete estados tiveram crescimento, com destaque para Acre (2,1%) e Pará (1,7%). Já Rio Grande do Sul (-8,2%) e Rondônia (-5,5%) foram os mais afetados. O cenário reflete a pressão inflacionária e o aperto no orçamento das famílias, que continuam a impactar o consumo e o desempenho do varejo.