O desconforto com a política tarifária dos Estados Unidos continuou a impactar os mercados nesta segunda-feira (7/4), alimentado pela incerteza sobre seus efeitos na economia global e o risco de interferência governamental em empresas como a Petrobras. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,31%, após oscilar entre perdas de 2,66% e ganhos de 0,91%, refletindo a aversão ao risco dos investidores. O volume financeiro ficou acima da média, atingindo R$ 43,7 bilhões, mas a volatilidade persistiu devido à falta de clareza sobre possíveis renegociações tarifárias.
A Petrobras, segunda maior ação do índice, registrou quedas significativas (5,57% nas ON e 3,97% nas PN), perdendo R$ 23 bilhões em valor de mercado. A queda foi impulsionada pela desvalorização do barril de petróleo e por rumores de pressão governamental para reduzir preços de combustíveis, especialmente o diesel. O Broadcast confirmou que o governo avalia a viabilidade de cortes, aumentando preocupações sobre governança e interferência na empresa.
Rumores sobre uma suspensão temporária das tarifas dos EUA para todos os países, exceto a China, chegaram a aliviar temporariamente o mercado, mas a negativa da Casa Branca reforçou o cenário de incerteza. Analistas destacam que a imposição de tarifas pode frear o crescimento global e elevar a inflação, intensificando a aversão ao risco. “O mercado está refém de notícias, sem direcionamento claro”, resumiu um especialista, refletindo o clima de cautela predominante.