A decisão do presidente dos Estados Unidos de reduzir temporariamente as tarifas para países que não retaliaram os EUA impulsionou os mercados financeiros, com destaque para o Ibovespa, que subiu 3,12%, e para os índices de Nova York, como o Nasdaq, que avançou 12%. Analistas interpretam a medida como um sinal de que a maior economia do mundo pode evitar uma recessão, além de indicar abertura para negociações comerciais, principalmente com a China. A declaração de que um acordo seria firmado com os chineses reforçou ainda mais o clima positivo entre os investidores.
A flexibilização das tarifas, válida por 90 dias, foi vista como um recuo estratégico, aliviando temores de uma escalada protecionista. Especialistas destacam que a mudança sugere disposição para diálogo, o que pode evitar maiores impactos negativos na economia global. No entanto, a volatilidade persiste, especialmente devido à incerteza sobre como as relações comerciais entre EUA e China evoluirão, já que ambos os países mantêm sobretaxas elevadas em vigor.
Apesar do otimismo, o cenário ainda é marcado por cautela. Enquanto o mercado celebra a possibilidade de acordos, analistas lembram que a postura agressiva dos EUA em relação à China continua sendo um fator de risco. A implementação de novas tarifas recíprocas, como o aumento de 104% para 125% sobre produtos chineses, mostra que as tensões persistem, exigindo atenção redobrada nos próximos meses.