Os juros futuros fecharam em queda firme, impulsionados pelo alívio tarifário anunciado pelo presidente dos EUA para produtos de tecnologia, beneficiando especialmente a China, e por sinais dovish do Federal Reserve. Contratos como o DI para janeiro de 2028 caíram para 13,95%, refletindo maior apetite ao risco. A decisão de isentar smartphones e eletrônicos de tarifas, somada ao aumento de empréstimos na China, reforçou o otimismo, enquanto o dólar enfraquecia e os Treasuries recuavam.
O diretor do Fed, Christopher Waller, ampliou o movimento ao sugerir possíveis cortes de juros antecipados caso haja recessão nos EUA, pressionando ainda mais os yields. Enquanto isso, no Brasil, as expectativas para o Copom seguem incertas, com o mercado dividido sobre a magnitude do próximo ajuste. Apesar da inflação projetada para os próximos anos ainda estar acima da meta, houve leve alívio na expectativa para os próximos 12 meses, que caiu para 5,01%.
As medianas do IPCA no Boletim Focus permaneceram estáveis, com projeções para 2025 e 2026 ainda próximas do teto da meta. A curva de juros precifica alta de 44 pontos-base em maio, mas também indica possíveis cortes no fim do ano, com a taxa terminal projetada em 14,90%. Economistas destacam que, embora haja menor pressão sobre o Copom, dificilmente o banco central fechará totalmente a porta para novos ajustes.