Os juros futuros fecharam em queda firme, impulsionados pelo alívio tarifário anunciado para o setor de tecnologia, que beneficia especialmente a China, e pelos sinais dovish do Federal Reserve sobre a política monetária. Contratos como o DI para janeiro de 2028 caíram para 13,95%, refletindo maior apetite ao risco. A decisão de isentar produtos eletrônicos de tarifas, somada ao enfraquecimento do dólar e ao aumento de empréstimos na China, reforçou o otimismo no mercado.
A tarde foi marcada por volatilidade, com taxas recuando após declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, que sinalizou possíveis cortes de juros diante de uma recessão nos EUA. O rendimento do Tesouro americano de dez anos cedeu para 4,37%, enquanto o dólar operou em R$ 5,85. O cenário externo levanta dúvidas sobre a resposta do Copom, com o mercado ainda sem consenso sobre a magnitude do próximo ajuste de juros, embora haja percepção de menor pressão sobre os diretores.
As expectativas de inflação no Brasil mostraram leve alívio, com a projeção para os próximos 12 meses caindo para 5,01%, nona queda consecutiva. No entanto, as medianas do Focus para 2025 e 2026 permaneceram estáveis, ainda distantes da meta de 3%. A curva de juros precifica alta de 44 pontos-base em maio, com possibilidade de cortes ainda em 2024, refletindo um cenário de cautela e ajuste gradual.