O mercado imobiliário do Canadá, que mostrava sinais de recuperação, sofreu um novo revés devido à guerra comercial com os Estados Unidos e às incertezas econômicas. Dados preliminares indicam que março foi um mês fraco, com vendas na Grande Toronto caindo 23,1% em comparação anual, o pior resultado desde 1998. Enquanto isso, o número de novos anúncios de imóveis subiu quase 29%, refletindo a cautela dos compradores diante do cenário instável.
A guerra comercial e a falta de confiança no mercado continuam a pressionar as transações, mesmo sem novas tarifas anunciadas contra o Canadá. Especialistas atribuem a queda ao ambiente econômico incerto e às eleições federais próximas, que deixam os compradores hesitantes em assumir hipotecas de longo prazo. Dados nacionais de fevereiro já mostravam uma retração de 9,8% nas vendas, a pior desde maio de 2022, com projeções de quedas ainda maiores no primeiro trimestre de 2025.
O Banco Central do Canadá sinalizou cautela em sua próxima decisão sobre taxas de juros, buscando equilibrar o risco inflacionário e a desaceleração econômica. Enquanto isso, partidos políticos prometem incentivos fiscais para reaquecer o setor, mas o mercado permanece sob tensão, aguardando sinais mais claros de estabilidade.