O Ibovespa demonstrou cautela nesta sexta-feira, 25, após um rali de três sessões e um fechamento no melhor nível do ano na véspera, impulsionado por expectativas de um acordo comercial entre EUA e China. Especialistas destacam que o mercado ainda digere notícias contraditórias sobre as negociações, incluindo rumores de que a China suspenderia tarifas sobre importações norte-americanas, o que poderia aliviar as tensões. Enquanto isso, investidores analisam balanços corporativos, como o da Vale, que registrou queda de 17% no lucro líquido no primeiro trimestre, e dados econômicos locais, como o IPCA-15, que desacelerou em abril, mas acelerou no acumulado anual.
Nas bolsas internacionais, os índices europeus e norte-americanos avançaram levemente, apoiados por dados menos pessimistas sobre o sentimento do consumidor nos EUA. No entanto, a Intel e a Alphabet apresentaram resultados mistos, mantendo o mercado em alerta. No Brasil, os juros futuros subiram após recuos anteriores, e o dólar registrou leve queda. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, permanece em reuniões no FMI e Banco Mundial, enquanto o minério de ferro recuou na China, pressionando as ações do setor, incluindo as da Vale.
O cenário segue marcado por incertezas, com os investidores monitorando de perto os desdobramentos da guerra comercial e os impactos dos dados macroeconômicos. O IPCA-15, que ficou ligeiramente acima das expectativas, deve influenciar as apostas sobre o ciclo de alta da Selic. Apesar da volatilidade, o Ibovespa mantinha leve alta no início da tarde, refletindo um equilíbrio entre otimismo e cautela diante dos riscos globais.