O mercado financeiro revisou suas expectativas para o primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), passando a considerar junho como o mês mais provável, em vez de maio. A mudança ocorreu após retaliações comerciais da China e da União Europeia contra os EUA, além de declarações cautelosas de autoridades norte-americanas, incluindo o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, que destacou a necessidade de mais dados econômicos antes de qualquer redução. As chances de um corte em maio caíram de 50,7% para 38,7%, enquanto a probabilidade de manutenção das taxas subiu para 61,3%.
Para junho, o mercado ainda descarta a possibilidade de manutenção dos juros, mas há incertezas sobre a magnitude do corte. A probabilidade de uma redução de 25 pontos-base aumentou de 50,6% para 59,3%, enquanto a chance de um corte maior, de 50 pontos-base, recuou de 45,5% para 38,7%. Essa oscilação reflete a cautela dos investidores diante do cenário econômico global e das políticas monetárias dos EUA.
Até o final do ano, a aposta mais forte do mercado segue sendo um corte acumulado de 100 pontos-base nas taxas do Fed, com a probabilidade subindo de 35,7% para 37,3%. As expectativas continuam sujeitas a ajustes, dependendo de novos dados econômicos e do desenrolar das tensões comerciais internacionais. O cenário mantém os investidores atentos aos próximos movimentos do banco central norte-americano.