O Mercado de São Brás, primeira grande obra de infraestrutura entregue para a COP 30 em Belém, permanece sem pleno funcionamento mesmo após duas inaugurações e um investimento de R$ 150 milhões. Inaugurado parcialmente em setembro de 2024 e totalmente em dezembro do mesmo ano, o espaço ainda não recebeu os feirantes, que continuam em uma feira provisória há dois anos. A previsão inicial era que a ocupação ocorresse até março de 2025, mas atrasos nas adaptações dos boxes e obras complementares adiaram o processo, com novos prazos estimados para junho ou julho deste ano.
Enquanto isso, os feirantes enfrentam dificuldades no local provisório, reclamando da falta de estrutura e conforto. O Instituto Amazônia Azul, responsável pela administração do mercado, afirma que a ocupação está em andamento, mas depende da finalização das obras e de ajustes nos projetos, que devem respeitar o patrimônio histórico. A Itaipu Binacional, financiadora da obra, destacou que as entregas realizadas até agora cumpriram o cronograma, mas obras no entorno ainda estão em execução.
Patrimônio centenário, o Mercado de São Brás passou por uma reforma que incluiu a revitalização de sua estrutura histórica, inspirada em modelos internacionais. O projeto prevê um centro de convenções, restaurante panorâmico e espaços culturais, mas a demora na conclusão tem gerado insatisfação entre os comerciantes. A prefeitura de Belém e a secretaria da COP 30 não se pronunciaram sobre quando o mercado será totalmente ocupado, deixando a situação em aberto para os feirantes e empresários envolvidos.