Com o aumento da expectativa de vida, as mulheres podem passar até um terço de suas vidas no período pós-menopausa, enfrentando sintomas como secura vaginal, baixa libido e alterações de humor. Esses efeitos, muitas vezes agravados pela queda nos níveis de estrogênio, podem levar a relações sexuais dolorosas e infecções urinárias recorrentes. Especialistas destacam que, devido a tabus culturais, muitas mulheres relutam em buscar ajuda, perpetuando a ideia de que o desconforto é normal.
A menopausa também traz mudanças psicológicas, afetando a autoestima e a percepção da sexualidade. Terapeutas explicam que a redefinição do prazer sexual, incluindo o uso de brinquedos e a exploração de preliminares não penetrativas, pode revitalizar a vida íntima. Além disso, tratamentos como a terapia de reposição hormonal (TRH) e hidratantes vaginais oferecem alívio, embora adaptações no estilo de vida—como exercícios e alimentação balanceada—sejam igualmente importantes.
Apesar dos desafios, muitas mulheres descobrem uma nova liberdade sexual após a menopausa, desafiando estereótipos que associam o desejo feminino apenas à reprodução. Médicos e terapeutas enfatizam a necessidade de diálogo aberto e autocuidado, incentivando as mulheres a buscar apoio sem vergonha. A mensagem central é clara: a menopausa não marca o fim da sexualidade, mas sim uma fase de transformação e possibilidades.