Um menino de 11 anos encontrou uma revista com fotos de mulheres nuas em uma policlínica de Santos (SP), gerando discussão sobre como lidar com a sexualidade na infância. O pai relatou que a criança ficou abalada e não quer mais voltar ao local, enquanto a prefeitura informou que a publicação foi retirada após a reclamação. A revista, especializada em fotografia, continha imagens artísticas, mas a situação levantou questões sobre a adequação do material em um espaço público de saúde.
A psicóloga Thalita Lacerda Nobre destacou que a pré-adolescência é um período marcado por curiosidade sobre o corpo e a sexualidade, mas que a reação dos pais pode influenciar como a criança processa a experiência. Ela sugeriu que o assunto seja tratado com naturalidade, sem banalização ou repressão, e que os pais estejam abertos ao diálogo. A especialista também enfatizou a importância de ensinar sobre privacidade e respeito ao corpo, transformando o episódio em uma oportunidade educativa.
O caso reacendeu o debate sobre como instituições públicas devem lidar com conteúdos sensíveis e a necessidade de orientação familiar sobre sexualidade. Enquanto a unidade de saúde afirmou que a revista era parte de doações de livros, a psicóloga reforçou que situações como essa podem ser usadas para fortalecer a comunicação entre pais e filhos, preparando-os para lidar com a sexualidade de forma saudável e consciente.