As bolsas de Nova York registraram quedas acentuadas nesta quinta-feira, 3, em resposta ao anúncio de novas tarifas comerciais mais agressivas do que o esperado. O Dow Jones recuou 3,98%, o S&P 500 caiu 4,84% e o Nasdaq despencou 5,97%, marcando a maior queda diária desde março de 2020. Analistas destacaram que as medidas, que incluem taxas de até 10% sobre importações e alíquotas recíprocas a parceiros comerciais, superaram os piores cenários previstos pelo mercado, gerando temores sobre impactos na demanda global e nas cadeias de suprimentos.
Setores como tecnologia e bens de consumo foram os mais afetados, com ações de empresas como Apple, Meta e Alphabet registrando quedas superiores a 4%. Fabricantes de computadores, como Dell e HP, tiveram perdas ainda mais expressivas, chegando a 19% e 14,7%, respectivamente. A Nike também recuou 14,5%, refletindo preocupações com sua produção no Vietnã, que responde por metade de seus calçados. Bancos como Bank of America e JPMorgan Chase igualmente sofreram quedas significativas, entre 7% e 11%, à medida que investidores avaliaram os riscos econômicos das novas tarifas.
Em contraste, a Intel destacou-se com alta de 2% após notícias de um acordo preliminar com a Taiwan Semiconductor para uma joint venture na produção de chips. O movimento sugere que empresas capazes de se adaptar às mudanças no comércio global podem encontrar oportunidades mesmo em um cenário desafiador. O clima de incerteza, no entanto, deve persistir enquanto os mercados avaliam os efeitos de longo prazo das medidas tarifárias.