Apesar de um primeiro trimestre de 2025 com resultados abaixo das expectativas, as ações da Marcopolo (POMO4) registraram alta de 4,36%, cotadas a R$ 7,14. O mercado demonstrou otimismo com a perspectiva de melhora no mix de vendas e na rentabilidade nos próximos trimestres, reforçado pela gestão da empresa e por analistas de grandes bancos. O lucro líquido caiu 23,3% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 243,1 milhões, influenciado por fatores sazonais e um mix menos rentável no mercado doméstico, mas alinhado ao consenso do mercado. O Ebitda também recuou 12% ante as estimativas, com margem em 15,6%, abaixo dos 19% do ano anterior.
Text: Instituições financeiras mantiveram recomendações positivas para a ação, com Itaú BBA e Bradesco BBI destacando preços-alvo de R$ 10,50 e R$ 10, respectivamente. A expectativa é de recuperação gradual, impulsionada por maior volume de vendas no mercado interno e melhora no mix de produtos, incluindo entregas para o programa Caminho da Escola. O JPMorgan também reiterou avaliação “overweight”, citando otimismo da diretoria com a recomposição das receitas a partir do segundo trimestre e destaque para operações internacionais, que tiveram alta de 72% na receita.
Text: A Marcopolo negociou a 6,3 vezes o lucro projetado para 2025, com dividend yield estimado em 8%, indicando atratividade frente a concorrentes. Apesar da margem bruta menor (22,9%), a empresa prevê crescimento nos volumes e eficiência operacional no segundo trimestre, o que pode recuperar as margens. O desempenho internacional, especialmente em mercados como África do Sul, Austrália e Argentina, foi um dos pontos altos, compensando a queda de 24% na receita doméstica e mantendo a receita líquida consolidada estável em R$ 1,7 bilhão.