A maquete de Salvador, tombada como patrimônio cultural da cidade em 2020, foi finalmente montada em sua totalidade após cinco décadas e agora ganhou uma versão digital. Desenvolvida pelo arquiteto Francisco Assis Reis na década de 1970, a obra reúne 103 módulos que retratam a capital baiana em escala reduzida, incluindo áreas urbanas, verdes e sistemas de transporte. Fotografada e georreferenciada, a maquete permite que o público explore virtualmente seus detalhes, enquanto a versão física foi exposta no Centro de Convenções de Salvador como parte de um projeto eleitoral.
A iniciativa, batizada de “Salvador na Palma da Mão”, integrou entrevistas com candidatos à prefeitura, usando a maquete como cenário para discutir propostas urbanas. Jornalistas e especialistas destacaram a importância da obra como ferramenta de planejamento e registro das transformações da cidade ao longo dos anos. A maquete, que já passou por períodos de abandono, foi resgatada como instrumento de estudo e desenvolvimento urbano, sendo constantemente atualizada com novos módulos.
Além de seu valor histórico, a maquete serve como um recurso educativo, ajudando a população a entender a evolução de Salvador e a cobrar melhorias dos gestores públicos. O projeto digital e a exposição física reforçam a relevância dessa obra única, que continua a ser um símbolo do patrimônio urbanístico da primeira capital do Brasil.