O suor é um mecanismo natural do corpo para regular a temperatura, mas seu odor forte, popularmente conhecido como “cê-cê”, gera muitas dúvidas. A dermatologista Alessandra Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esclarece que nem todo suor tem cheiro, pois apenas as glândulas apócrinas — presentes em áreas como axilas e regiões íntimas — produzem um suor rico em proteínas, que, ao ser metabolizado por bactérias, resulta em odor. Já as glândulas écrinas, distribuídas por todo o corpo, liberam um suor composto principalmente por água, sem cheiro.
Alimentos como alho e cebola podem alterar o odor do suor, assim como roupas sintéticas, que retêm umidade e favorecem a proliferação de bactérias. Desequilíbrios hormonais, comum na adolescência, também influenciam o cheiro corporal. No entanto, ao contrário do que alguns pensam, o mau cheiro não é contagioso, já que depende da microbiota individual. Além disso, a hiperidrose — transpiração excessiva — nem sempre está ligada ao odor forte, embora a umidade excessiva possa agravar o problema.
Tratamentos como botox e cirurgias podem reduzir a transpiração excessiva, mas nem todos causam hiperidrose compensatória, quando o corpo passa a suar mais em outras áreas. A especialista ressalta que a distribuição das glândulas sudoríparas varia no corpo, podendo haver diferenças na quantidade de suor entre os lados. O texto reforça a importância de escolher tecidos respiráveis e manter hábitos de higiene para minimizar o desconforto.