Uma multidão se reuniu na Praça do Fórum, em Santana (AP), nesta terça-feira (8), para pedir justiça pelo caso de uma brasileira vítima de feminicídio na Bolívia. A vítima, natural da cidade, foi encontrada morta no último dia 2, com sinais de asfixia mecânica, deixando dois filhos. Durante o ato, familiares e amigos destacaram a dor da perda e a necessidade de esclarecimentos, já que informações desencontradas têm dificultado o andamento das investigações. A filha de 11 anos da vítima emocionou os presentes ao falar sobre a mãe e a luta por justiça para que outras mulheres não passem pela mesma situação.
Autoridades locais e representantes de entidades acompanham o caso, questionando falhas nas investigações, como a ausência de necropsia e análise de DNA. Um advogado envolvido no processo afirmou que viajará a Brasília para discutir o assunto com órgãos internacionais, enquanto um senador propôs a criação de uma comissão externa para acompanhar as investigações na Bolívia. A família também enfrenta desafios logísticos, como a repatriação do corpo e custos com advogados, e tem recebido doações por meio de campanhas online.
O principal suspeito do crime, um adolescente de 16 anos, já se apresentou à polícia boliviana, mas as circunstâncias do caso ainda não foram totalmente esclarecidas. A vítima havia retornado à Bolívia para buscar seu diploma de medicina, após concluir o curso. O movimento em Santana reflete a comoção local e a demanda por respostas, enquanto as autoridades buscam garantir que o caso não seja arquivado sem uma apuração completa.