A Meta, controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, enfrenta a partir desta segunda-feira (14) um dos maiores julgamentos antitruste nos Estados Unidos em mais de dez anos. A FTC (Federal Trade Commission) acusa a empresa de práticas monopolistas, alegando que as aquisições do Instagram (2012) e do WhatsApp (2014) eliminaram concorrentes e prejudicaram a inovação. O processo, que deve durar até oito semanas, pode resultar no desmembramento das plataformas, redefinindo o cenário global de redes sociais.
A defesa da Meta argumenta que o mercado é altamente competitivo, citando rivais como TikTok, YouTube e X (ex-Twitter), e alerta para o risco de insegurança jurídica caso fusões aprovadas há anos sejam revertidas. O caso também reflete tensões políticas, já que a ação foi movida em 2020 e persiste sob a atual administração, mesmo com a empresa fortalecendo laços com o governo. Ex-comissários da FTC acusam pressões políticas, enquanto analistas veem o julgamento como um marco para a regulação das grandes empresas de tecnologia.
O resultado do processo pode estabelecer um precedente significativo, afetando não apenas a Meta, mas também outras gigantes como Google e Amazon. Se a FTC vencer, decisões de negócios passadas poderão ser revisitadas, gerando incertezas no mercado de fusões e aquisições. Por outro lado, uma vitória da Meta pode sinalizar a manutenção do status quo, deixando questões sobre concorrência e inovação sem resolução. O caso é visto como um teste crucial para o futuro da regulação tecnológica.