Um grupo de mais de 200 mães em Tatuí (SP) denuncia a falta de apoio do poder público para crianças autistas, incluindo a ausência de cuidadores escolares, medicamentos e tratamentos adequados. Muitas famílias enfrentam dificuldades mesmo com decisões judiciais favoráveis, que não estão sendo cumpridas. Relatos incluem crianças sem acesso a remédios controlados há meses, terapias interrompidas após seis meses — contrariando a legislação — e a falta de profissionais especializados, como psiquiatras, no Centro Municipal Integrado de Reabilitação (CIR).
As mães organizaram-se para cobrar soluções, destacando casos graves, como o de uma criança de 11 anos com epilepsia e esquizofrenia que está sem medicamentos há oito meses. Outro exemplo é um jovem de 31 anos com autismo e síndrome de Noonan, que depende de mais de 30 remédios diários. A situação levou a Câmara Municipal a marcar uma sessão extraordinária com secretários de Saúde, Educação e Direitos Humanos para prestar esclarecimentos.
A prefeitura afirmou que medicamentos da tabela do SUS foram entregues e que processos para contratar novos cuidadores estão em andamento. No entanto, as mães criticam a demora e a falta de ação efetiva, exigindo que as autoridades cumpram suas promessas. A sessão na Câmara, aberta ao público, ocorrerá nesta sexta-feira (25), representando uma esperança para as famílias que buscam respostas.