Um caso envolvendo a alimentação de uma estudante com doença celíaca grave gerou discussão em uma escola de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A mãe da criança enviou um bolo de cenoura sem glúten na lancheira da filha, preocupada com o risco de contaminação cruzada durante a preparação da merenda escolar. A instituição oferece cardápio adaptado para celíacos, mas exames médicos indicaram que a contaminação ainda poderia ocorrer, levando a mãe a insistir no direito de fornecer a própria comida.
A situação evoluiu para uma mediação com o Ministério Público do Paraná, resultando na aprovação de uma lei municipal que permite que estudantes celíacos levem alimentos de casa, desde que similares aos oferecidos pela escola. A Secretaria de Educação local afirmou que há 46 cardápios diferentes para atender a diversas restrições alimentares, mas a mãe argumentou que a legislação não era suficiente para garantir a segurança da filha.
O caso destacou a necessidade de maior diálogo e adaptação das instituições de ensino para lidar com condições alimentares específicas. A prefeitura local se desculpou publicamente e anunciou a criação de um canal de comunicação direto para famílias com restrições, além da revisão de protocolos e campanhas de conscientização. O debate reforça a importância de equilibrar políticas públicas inclusivas com as necessidades individuais de saúde dos estudantes.