O lucro da Tesla registrou queda acentuada no primeiro trimestre de 2025, caindo 71% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa, que havia obtido US$ 1,1 bilhão em 2024, faturou apenas US$ 409 milhões neste ano. A receita também ficou abaixo das expectativas do mercado, atingindo US$ 19,34 bilhões — 8,38% menor que o projetado. Analistas atribuem parte do declínio às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que levaram à suspensão de vendas de alguns modelos e à interrupção na importação de componentes.
A queda no desempenho financeiro coincide com a maior envolvimento do fundador da empresa em questões políticas, incluindo apoio a partidos de extrema direita e participação no governo norte-americano. Investidores demonstram preocupação com a distração do executivo, chegando a pedir sua renúncia como CEO. Protestos contra a marca têm se intensificado, com casos de vandalismo a lojas e veículos, como a destruição de um Model S em Londres.
Além dos fatores políticos, a Tesla enfrenta desafios estruturais, como a queda nas vendas e a desvalorização das ações, que caíram cerca de 50% desde dezembro de 2024. A política de tarifas do governo dos EUA também impactou negativamente a empresa, dificultando suas operações na China. O cenário atual levanta dúvidas sobre a capacidade de recuperação da montadora em um mercado cada vez mais competitivo e polarizado.