A chamada “lista suja” do trabalho escravo, atualizada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), registra atualmente 745 empregadores em todo o país acusados de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. No Piauí, o número subiu para 32 após a inclusão de cinco novos nomes em abril de 2025. Entre as atividades mais comuns estão extração mineral, agropecuária e trabalho doméstico. A lista é considerada uma ferramenta essencial para transparência e combate a essas violações.
A permanência na lista dura até dois anos, mas uma portaria de 2024 permite que empregadores sejam retirados antecipadamente caso assinem um termo de ajuste de conduta, comprometendo-se a indenizar vítimas com pelo menos 20 salários mínimos e investir em programas de assistência. No Piauí, os 32 casos envolvem 295 trabalhadores resgatados, com queda significativa no número de resgates entre 2022 e 2024, segundo o Ministério Público do Trabalho.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima por canais como o site do MPT, WhatsApp ou plataformas parceiras da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Autoridades destacam avanços nas fiscalizações, mas reforçam a necessidade de punição rigorosa para coibir a prática. A lista completa está disponível publicamente, com atualizações em abril e outubro de cada ano.