Líderes partidários da oposição anunciaram a retomada da obstrução das votações na Câmara dos Deputados após o adiamento da análise do requerimento de urgência para um projeto de lei que prevê anistia a condenados por atos relacionados ao 8 de janeiro de 2023. O líder de um dos partidos afirmou que o grupo não recuará até que o tema seja incluído na pauta, destacando a busca por “justiça” para os envolvidos. A medida, no entanto, não se aplicaria a processos em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, como os que tratam de recursos contra cassações ou suspensões de ações penais.
Outro líder criticou a decisão de adiar a votação, alegando que “forças ocultas” interferiram no processo e que a postura do presidente da Câmara desrespeitou o apoio de 264 deputados que assinaram pelo requerimento de urgência. O grupo condicionou o fim da obstrução à marcação de uma data para a votação da anistia, reforçando a pressão sobre a pauta legislativa.
Enquanto isso, o debate sobre a anistia continua a dividir opiniões, com críticas de setores do Judiciário e defesa de prioridades como saúde e educação por parte de outros parlamentares. O impasse reflete a polarização em torno do tema e seu impacto no andamento dos trabalhos no Congresso.