Os presidentes do Brasil e do Chile reforçaram a importância de instituições sólidas para a preservação da democracia durante reunião no Palácio do Planalto. Ambos destacaram que regimes democráticos podem enfrentar riscos sob lideranças de extrema-direita e enfatizaram a necessidade de estruturas perenes que garantam a segurança institucional, independentemente de quem esteja no poder. O diálogo também abordou a importância da cooperação regional para enfrentar desafios comuns, como crises migratórias, climáticas e sanitárias.
Na discussão sobre geopolítica, os líderes expressaram preocupação com a polarização global e defenderam uma postura equilibrada nas relações internacionais. O presidente brasileiro afirmou não desejar uma nova guerra fria e ressaltou a intenção de manter parcerias tanto com os Estados Unidos quanto com a China, sem preferências. A defesa do multilateralismo foi um ponto central, com ambos destacando a necessidade de diálogo e cooperação entre nações para superar conflitos comerciais e politizações arbitrárias.
O presidente chileno reforçou o compromisso com a liberdade comercial e a democracia, destacando a importância da união sul-americana em um cenário global incerto. Os dois líderes concordaram que a estabilidade institucional e a colaboração entre países são essenciais para o desenvolvimento econômico e social, beneficiando não apenas suas nações, mas também contribuindo para um mundo mais equilibrado. O encontro simbolizou a convergência de visões entre os dois governos de esquerda em temas estratégicos.