O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou deputados governistas que assinaram um requerimento de urgência para votar um projeto que propõe anistiar participantes dos ataques de 8 de janeiro. Ele argumentou que partidos da base aliada, como União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos, estão contribuindo para a discussão, mas destacou que a medida pode gerar uma crise institucional. Farias afirmou que é essencial que os partidos definam seu posicionamento, questionando se desejam apoiar o governo ou promover instabilidade.
Text: Até o momento, 253 deputados assinaram o requerimento, que dispensa a tramitação em comissões e leva o projeto diretamente ao plenário. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-SP), é o responsável por coletar as assinaturas. Farias mencionou ter conversado com o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e planeja abordar outros líderes da base para discutir o tema, reforçando a necessidade de clareza sobre os rumos do governo.
Text: Enquanto isso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reuniu-se com o ex-presidente Jair Bolsonaro, principal defensor da proposta. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou confiar na palavra de Motta, que prometeu não pautar o projeto, concordando que ele poderia criar uma crise constitucional. Hoffmann sugeriu que a discussão sobre anistia poderia ocorrer, mas destacou que a proposta atual é inaceitável por beneficiar os responsáveis pelos ataques.