A morte do Papa Francisco reacendeu discussões sobre histórias e lendas envolvendo o papado, entre elas a da Papisa Joana, uma figura medieval que teria governado a Igreja Católica disfarçada de homem. A narrativa, surgida entre os séculos 13 e 14, mas ambientada no século 9, descreve Joana como uma jovem alemã de origem inglesa que, vestida como homem, teria acessado educação em Atenas e, posteriormente, se destacado em Roma como acadêmica e eclesiástica. Após a morte do Papa Leão IV, ela teria sido eleita sob o nome de João, o Inglês, governando por dois anos até ser descoberta ao dar à luz durante uma procissão.
Embora a maioria dos historiadores considere a história uma lenda, ela permanece no imaginário popular como um símbolo das barreiras enfrentadas por mulheres em posições de poder. A narrativa inspirou obras artísticas e debates sobre gênero e religião ao longo dos séculos. Diferentes versões da lenda variam em seu desfecho, desde sua execução até uma morte natural, sendo sucedida pelo Papa Bento III.
A lenda da Papisa Joana ressurge periodicamente em discussões sobre o papel das mulheres na Igreja e na sociedade. Sua história, ainda que não comprovada, serve como um reflexo das limitações impostas às mulheres em épocas passadas e continua a fascinar pelo seu caráter simbólico e misterioso. A Forbes destaca como esse tipo de narrativa transcende o tempo, alimentando curiosidades e reflexões sobre tradição e mudança.