Apesar da comoção global pela morte do papa Francisco, algumas vozes críticas se manifestaram, destacando divergências em relação ao seu pontificado. Um ex-arcebispo, já excomungado pelo Vaticano, acusou o pontífice de supostamente desviar-se dos princípios da Igreja Católica, afirmando que ele teria de responder por seus atos. Essas declarações, no entanto, representam uma minoria diante do amplo reconhecimento aos 12 anos de liderança de Francisco.
O ex-arcebispo em questão havia sido afastado da Igreja em 2024 por recusar-se a reconhecer a autoridade do papa e por rejeitar o Concílio Vaticano II, sendo acusado de promover cisões na instituição. Suas críticas, divulgadas mesmo após a morte de Francisco, contrastam com a imagem do pontífice como um líder que combateu abusos sexuais no clero e promoveu diálogo em meio a crises globais, como a pandemia de COVID-19.
Francisco, o primeiro papa latino-americano e jesuíta, deixou um legado marcado por reformas e engajamento social. Sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, um dia antes de falecer aos 88 anos, vítima de um AVC. Sua saúde já estava fragilizada após uma pneumonia que o manteve hospitalizado por 38 dias, encerrando uma trajetória que dividiu opiniões, mas consolidou seu papel como uma das figuras mais influentes da Igreja Católica moderna.