O presidente russo recebeu o enviado especial dos EUA no Kremlin para discutir possíveis conversações diretas entre Rússia e Ucrânia, marcando o quarto encontro desde a retomada das relações entre os dois países. As negociações, impulsionadas pela administração americana, focam-se na questão da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e em possíveis acordos de segurança. Enquanto o governo russo afirma estar aberto a um acordo, Kiev e seus aliados europeus acusam Moscou de prolongar o processo sem ceder em suas exigências, como o controle de regiões ucranianas e a desmilitarização do país.
Os recentes bombardeios na Ucrânia, que deixaram dezenas de vítimas, tensionaram as negociações, levando a críticas públicas por parte da liderança americana. Apesar disso, o enviado especial sugeriu que há interesse russo em uma paz duradoura, embora Kiev desconfie das intenções de Moscou. O governo ucraniano, por sua vez, insiste em garantias de segurança ocidentais para evitar futuros conflitos, rejeitando qualquer concessão territorial que viole sua soberania.
O impasse persiste, com a Rússia defendendo uma revisão da arquitetura de segurança europeia e a Ucrânia buscando apoio firme de seus aliados. Enquanto as discussões continuam, a população ucraniana sofre com os ataques diários, e a comunidade internacional aguarda movimentos concretos para um cessar-fogo. O caminho para a paz permanece incerto, com ambos os lados mantendo posições difíceis de conciliar.