A capital ucraniana, Kiev, foi alvo de um dos mais intensos ataques aéreos desde o início da invasão russa, resultando em pelo menos oito mortes e mais de 80 feridos em todo o país. O presidente Volodimir Zelensky interrompeu sua visita à África do Sul para retornar à Ucrânia, enquanto as autoridades locais relatam danos generalizados e esforços de resgate em meio aos escombros. A Força Aérea ucraniana afirmou ter interceptado 112 dos 215 mísseis e drones lançados pela Rússia, que, segundo o Ministério da Defesa russo, teriam como alvo instalações industriais, e não civis.
Enquanto isso, as tentativas de negociação de paz enfrentam obstáculos, com o presidente russo rejeitando propostas de cessar-fogo e o governo ucraniano insistindo na retirada imediata das tropas invasoras. Críticas recentes de líderes internacionais sobre a resistência ucraniana em ceder territórios, como a Crimeia, foram recebidas com firmeza por Zelensky, que destacou a inconstitucionalidade de tal medida. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia acusou a Rússia de desprezar esforços diplomáticos, optando por continuar a guerra.
O ataque coincidiu com discussões sobre assistência econômica e militar aos ucranianos, incluindo propostas controversas para compensar apoios anteriores com recursos minerais do país. Enquanto as equipes de emergência trabalham para conter os estragos em Kiev e outras cidades, como Kharkiv, civis relatam medo e resiliência diante da escalada de violência. A situação reforça o impasse no conflito, com poucos avanços nas negociações e aumento da pressão sobre a comunidade internacional para mediar uma solução.