O Juventus, tradicional clube da Mooca em São Paulo, elegeu sua nova diretoria para o triênio 2026-2028 em uma votação apertada. A chapa Avante, da situação, venceu por 53 a 51 votos contra a oposição, representada pela chapa Novos Tempos, Renove Juventus, além de um voto nulo. O resultado reflete uma oposição fortalecida no Conselho Deliberativo, composto por 120 membros, e sinaliza debates acalorados sobre temas como a possível transformação do futebol em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
A atual gestão, agora reeleita, defende a mudança para uma SAF, enquanto a oposição prefere avaliar outros modelos de profissionalização. Críticas também surgiram sobre a condução de processos, como a assinatura de um contrato para assessoria de venda sem aval prévio do conselho. Outro ponto de atrito foi a decisão de não participar da Copa Paulista em 2025, justificada pela diretoria como medida financeira, mas vista pela oposição como estratégia para facilitar a venda do futebol.
A eleição foi marcada por disputas judiciais, incluindo uma tentativa de impugnação da chapa opositora sob alegações de irregularidades, posteriormente revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Apesar dos conflitos, o processo seguiu adiante, com a convocação para votação atendendo aos prazos estatutários. O cenário indica um cenário de polarização no clube, com desafios pela frente na gestão do futebol e na relação com o conselho.