A Justiça determinou a liberação de quatro pessoas investigadas pela suposta venda de um bebê de 27 dias em Goiânia. A decisão, tomada durante audiência de custódia, considerou que o crime não ocorreu em flagrante, já que a criança já estava sob os cuidados da compradora no momento da prisão. O grupo, no entanto, terá de cumprir medidas cautelares, como comparecer a todos os atos processuais e manter seus dados atualizados, sob risco de prisão em caso de descumprimento.
O caso veio à tona após uma denúncia anônima sobre a negociação, que teria envolvido R$ 5 mil e um curso de culinária em troca da criança. De acordo com as investigações, a mãe, que enfrentava depressão pós-parto, e seu companheiro, que registrou a bebê sem ser o pai biológico, confessaram o crime. A criança foi resgatada e encaminhada a um abrigo provisório sob responsabilidade do Conselho Tutelar.
A magistrada responsável pelo caso destacou que, embora haja indícios de crime, a prisão em flagrante não se aplicava, abrindo caminho para a soltura do grupo. As defesas dos envolvidos argumentaram pela liberdade, enquanto as autoridades seguem apurando o caso para eventual aplicação de outras medidas cautelares, se necessário. O episódio reacendeu discussões sobre a vulnerabilidade de mães em situações de fragilidade financeira e emocional.