A Justiça de Minas Gerais homologou o início da execução do Anexo 1.1 do Acordo de Brumadinho, que prevê investimentos em projetos escolhidos pelas comunidades afetadas pelo rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão em 2019. O acordo, firmado em 2021 entre o governo mineiro, a mineradora Vale e órgãos de Justiça, busca reparar os danos da tragédia, que deixou 272 mortos e severos impactos ambientais. A Cáritas Brasileira foi confirmada como gestora desta etapa, com recursos de aproximadamente R$ 400 milhões destinados a projetos sociais e apoio às comunidades.
A seleção da entidade foi feita em conjunto pelo Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública. A expectativa é que as comunidades participem ativamente da definição dos projetos, que incluem linhas de crédito e microcrédito. A Cáritas tem 10 dias para aceitar a gestão, após o que os recursos serão transferidos. O processo visa garantir transparência e atendimento às demandas locais.
Entretanto, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) criticou a decisão, exigindo maior prestação de contas sobre o uso dos recursos do acordo. O grupo afirma que não houve respostas sobre como os fundos estão sendo aplicados e que condições impostas pelas instituições de Justiça podem limitar a participação comunitária. O caso continua sob monitoramento, enquanto as buscas por vítimas e a reparação dos danos seguem em andamento.