A Justiça dos Estados Unidos autorizou o governo a exigir que imigrantes em situação irregular se registrem junto às autoridades, sob pena de multas e processos judiciais. A medida, anunciada em fevereiro, passou a valer na sexta-feira (11) e afeta estrangeiros que estão no país há mais de 30 dias. O cadastro inclui coleta de impressões digitais e informações pessoais, como endereço, e se aplica também a adolescentes a partir de 14 anos e crianças menores de idade, registradas por seus responsáveis.
A decisão judicial, confirmada na quinta-feira (10), baseou-se em uma legislação já existente, com o argumento de garantir a segurança nacional. A secretária do Departamento de Segurança Interna reforçou o prazo e afirmou que o governo aplicará todas as leis de imigração sem exceções. Em comunicado, ela declarou que imigrantes irregulares devem deixar o país voluntariamente para, no futuro, terem a chance de retornar legalmente.
A semana também foi marcada por controvérsias judiciais, como o caso de um residente legal salvadorenho que foi deportado, apesar de risco de tortura em seu país. A Suprema Corte determinou seu retorno aos EUA, em uma decisão considerada uma derrota para o governo. No entanto, ainda não há informações sobre como a reintegração será realizada. O caso ilustra os desafios e conflitos envolvendo as políticas migratórias atuais.