A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro concedeu uma liminar determinando a reintegração imediata dos funcionários demitidos pela Eletronuclear, com manutenção de cargos, salários e benefícios, além de reajustes legais. A decisão também exige que a empresa suspenda o plano de demissões e respeite a liberdade de negociação coletiva, em meio a um dissídio em andamento. A estatal ainda foi obrigada a apresentar um plano de contingência para garantir a segurança operacional das usinas Angra 1 e 2, que podem ser afetadas pela redução de pessoal.
Os trabalhadores da Eletronuclear entraram em greve indefinida na terça-feira, 8, em protesto contra as demissões e cortes de benefícios. A empresa, controlada pela Eletrobras desde sua privatização em 2021, enfrenta dificuldades financeiras e busca reduzir custos para atrair investidores e viabilizar a conclusão da usina Angra 3.
A decisão judicial reforça a proteção aos empregados e coloca em xeque as medidas de austeridade adotadas pela empresa, que agora precisa equilibrar suas obrigações trabalhistas com a sustentabilidade financeira. O caso pode influenciar futuras negociações entre a companhia e seus funcionários, além de impactar os rumos do setor nuclear no país.