A Justiça de São Paulo determinou que duas estudantes cumpram quatro meses de serviços comunitários, com seis horas semanais, por proferirem ofensas racistas contra uma colega de escola. O caso ocorreu em abril de 2024, em uma instituição de elite na zona oeste da capital paulista, onde as envolvidas danificaram o material da vítima e escreveram mensagens discriminatórias. A defesa das estudantes tentou reclassificar o ato como injúria, sem viés racial, mas a decisão inicial mantém-se enquanto o processo tramita em segunda instância.
Além da pena judicial, a escola aplicou sanções internas, incluindo suspensão indeterminada e a proibição de participação em uma viagem escolar. Uma das envolvidas deixou a instituição voluntariamente, enquanto a família da vítima optou por retirar a adolescente do colégio, criticando a falta de posicionamento antirracista da escola. O caso reacendeu debates sobre a responsabilidade das instituições de ensino no combate à discriminação racial.
O episódio ilustra as consequências legais e sociais de atos de racismo, mesmo em ambientes privilegiados, e destaca a importância de medidas educativas e punitivas para coibir comportamentos discriminatórios. A decisão judicial serve como um alerta sobre a gravidade de tais condutas, enquanto a repercussão do caso levou a mudanças na vida escolar de todos os envolvidos.