A Justiça da Argentina denunciou um suposto líder de uma organização criminosa e mais 20 pessoas de nacionalidade russa por envolvimento em tráfico sexual e redução à servidão. De acordo com o Ministério Público, o grupo capturou uma jovem de 22 anos trazida da Rússia, que deu à luz em Bariloche. O objetivo seria registrar a criança como filho do líder para facilitar a obtenção da nacionalidade argentina e posterior viagem ao Brasil.
A organização operava por meio de um centro espiritual fictício, recrutando vítimas em situação de vulnerabilidade. Durante as investigações, foram encontradas mulheres com sinais de maus-tratos, incluindo desnutrição e falhas de cabelo. O promotor relatou que o grupo controlava até a alimentação das vítimas, impondo jejuns como forma de punição.
Dos 21 acusados, 13 permanecem presos, enquanto os demais aguardam em liberdade condicional. O líder, já condenado por abuso sexual na Rússia e procurado em Montenegro, tentou se ferir durante a prisão, mas foi contido. O caso expõe uma rede complexa de crimes transnacionais, com operações na Argentina e possíveis conexões internacionais.